Estavas tu a massajar-me os ombros carinhosamente. Fechei os olhos e sorri. Pressentiste a minha inocência, encostaste o lábio inferior entreaberto no meu ombro e lambeste-o com a ponta da língua. Puxaste-me contra o teu peito, ouvi o teu coração a mexer e comecei a sentir o seu palpitar. O meu temperamento chegou aos limites, caí nos teus braços, seguraste-me e depois fizeste festas na minha nuca. Agarrei o teu pulso e consegui sentir a tua pulsação. Estavas calmo, sereno e carente. Tão carente, que suplicavas por mimos. Levaste-me até ao teu jardim, sentaste-te comigo num banco de madeira escura e deitaste a tua cabeça por cima das minhas pernas. Permaneceste lá, como se fosse o teu paraíso. Ficaste a observar-me e acabei por adormecer contigo. Aproveitaste o momento para me trincar a orelha e eu estremeci por todas as extremidades do meu corpo. És tão... sei lá, só sei que tu me pertences.

No comments:
Post a Comment