22.11.12

Concentrei-me no horizonte, vi lá no fundo algo, algo que me captou a atenção. Eras tu, só podia. Corri para os teus braços e abraçaste-me até sentires as minhas costelas pegadas às tuas. Levaste-me a tarde inteira ás tuas cavalitas e aguentaste até ao último paço. Oh, lembras-te? perguntei-lhe admirada. Tu sussurraste-me que te lembravas. Era aqui onde passávamos os dias a brincar juntos às escondidas e estavas sempre a encontrar-me! 
Sorriste de leve, desci das tuas costas e fomos os dois viver os momentos de novo. Era naquela floresta, que eu chamo, encantada, por eu e tu sermos dois seres encantadores. Foste por lá fora, a tentar caçar-me e quando finalmente estavas a ficar cansado, tive de parar porque o meu coração estava demasiado acelerado. Já nem pareço a mesma, agora sou uma fraca que se juntou à fraqueza... Reparaste que eu parei e aproveitaste para me apanhar. E sem tirar nem por, foi mesmo assim. Apanhei-te boneca! mereço um presente... Fizeste aqueles olhinhos inocentes e partilhei a minha tabuleta de chocolate contigo. Ficámos os dois empoleirados num troco velho a fumar e a despertar as memórias. Como eu te amo. Aguentas mais um? Puxamos outro, o fumo parecia uma aurora polar a entrar pelas nuvens.


No comments:

Post a Comment