O teu cigarro pairava entre os teus dedos, e não sabias se haverias de ligar o isqueiro. Decidiste-te apresado, e não conseguiste resistir. Acendeste-o e o cigarro despertou a fumaça. O teu redor estava quente e dava-me vontade de me instalar ao teu lado. Juntei-me a ti, e ficámos os dois a ver o fumo a espalhar-se nas quatro paredes da tua cave. Não me abandones minha metade. Nunca faças isso, ouviste? a minha alma tenta todos os dias falar com a tua, mas és demasiado distante do meu enxame vermelho. O teu corpo cheira a licor e é pálido como a neve. Interages com a língua quando queres-me irritar. Óh, pobre de mim, a tua sensibilidade é muito forte para os meus limites. Fiquei a ali, a pensar como te haveria de torturar. Ri-me e tu suspeitaste. Roubei-te de mansa o teu maço Malboro. Parva, volta rapidamente! Fugi pela porta principal e correste atrás de mim pronunciando insultos. Continuas o mesmo querido de sempre.

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